Como Simplificar a Vida? Ficando Fascinado com Jesus!


por: Harold Walker

Parece que, à medida que os dias vão passando, o mundo inteiro vai acelerando o seu ritmo! Com tantas coisas para fazer, tantas cobranças de nosso tempo e energia, há momentos em que perdemos a esperança de encontrar aquela quietude de espírito tão necessária para ouvir a voz de Deus.

Até mesmo quando nos retiramos dos barulhos cotidianos para um período de oração, somos abalroados muitas vezes por múltiplas preocupações, por pessoas queridas que precisam de oração, por tarefas da “obra de Deus” a serem executadas e compromissos futuros em nossas agendas lotadas. Às vezes, saímos de um período de oração, individual ou coletivo, mais angustiados e confusos do que entramos.

O pior de tudo isso é que parece não haver solução. Às vezes, dá vontade de gritar: “Pare o mundo, que eu quero descer!”. Parece que só existem duas alternativas: ou nos desligamos de tudo e ficamos à margem dos acontecimentos (síndrome de aposentado, morto-vivo, membro passivo de uma plateia, leitor contumaz de notícias do que os outros estão fazendo), ou nos jogamos de cabeça numa rotina frenética de reuniões, atividades e projetos, na qual não temos tempo para apreciar o que é realizado, porque mil e uma outras coisas já estão na fila para serem feitas.

Existe, porém, uma terceira opção, apresentada e vivida pelo próprio Senhor Jesus e experimentada em diferentes graus de intensidade por muitos homens e mulheres de Deus durante séculos. Não é necessário se retirar das rotinas diárias estressantes nem se envolver de corpo e alma com todos os afazeres. A solução não é exterior, mas interior. É uma questão de foco, de paixão, de interesse.


De acordo com Jesus, são “todas essas coisas” (o que comer e o que vestir etc.) que produzem ansiedade e estresse (Mt 6.32,33; Lc 10.41,42). Ainda de acordo com nosso Mestre, “poucas são necessárias, ou mesmo uma só”. É somente quando o nosso coração deseja uma coisa só que toda a agitação e confusão são removidas.

Jesus se envolvia em muitas atividades diárias e era cercado por muitas urgências e cobranças. Afinal, ele tinha uma solução gratuita para tudo aquilo que as intermináveis filas de pessoas nos postos de saúde do Brasil procuram: saúde perfeita, cura completa para qualquer enfermidade. Como ele conseguia manter a calma? Tinha apenas um foco – fazer a vontade do Pai (Jo 4.34; 5.19; 6.38). Nada o perturbava. Ele não sentia culpa por não ter concluído algum projeto, ou tristeza por ter deixado de curar alguém ou de pregar alguma mensagem. Por fora, ele podia estar em atividade alucinante, das primeiras horas da madrugada até altas horas da noite (Mc 1.32-39), sem tempo às vezes nem para comer ou descansar (Mc 6.30,31), mas sempre estava em paz, em total calma interior. Afinal de contas, ele estava conseguindo fazer a única coisa que lhe interessava: agradar a seu Pai.

Todo cristão deve ter o alvo de ser igual ao seu Mestre. Devemos ter uma vida de grande produtividade, realizando muitas coisas que o Pai quer que façamos. Ao mesmo tempo, devemos ser um mar de tranquilidade, um poço calmo que reflita a luz da lua sem qualquer distorção causada por alguma pequena onda; uma fonte de consolo e refrigério para todos os aflitos que nos circundam.

Para isso acontecer, basta ser fascinado por uma só coisa! JESUS! Os antigos falavam sobre uma tal “visão beatífica”. Assim como “a fonte da eterna juventude” ou o “santo graal”, a “visão beatífica” poderia rejuvenescer e talvez até dar vida eterna a todos os que a alcançassem. Como muitas lendas e contos de fada, há um fundo de verdade nessa história. Se ficarmos mesmerizados, embasbacados, transtornados, cativados, hipnotizados, encantados com a pessoa de Jesus, nada mais nos afetará, nem positivamente nem negativamente. Nada mais importará para nós.

Deus nos propõe uma divisão de tarefas verdadeiramente genial: ele, que tem uma capacidade infinita de cuidar com toda a sua atenção dos mínimos detalhes de qualquer coisa que exista no universo (haja vista que ele sabe até o número de cabelos em nossa cabeça, o que exige uma atualização constante, dada às quedas contínuas – Lc 12.7 !), garante que cuidará de “todas essas coisas” enquanto nós, que temos uma capacidade extremamente limitada para pensar, sentir ou cuidar das coisas, só precisamos ficar atentos a uma coisa: contemplar a beleza de Cristo e executar cada coisa que ele nos conduz a fazer, momento a momento. Deixemos as consequências e razões de nossas ações para ele e só nos preocupemos em contemplar seu rosto e seguir suas direções passo a passo.

Foi seguindo essa cartilha, que grandes homens de Deus do passado, como Hudson Taylor, por exemplo, conseguiram fazer grandes proezas sem se estressar. Quando ele entendeu, por meio de João 15, que ele já se encontrava na Videira e que não precisava mais se esforçar para entrar nela nem para dar frutos, toda a sua agitação e intranquilidade interior cessaram e passou a executar muito mais tarefas com muito menos tensão.

Se nós verdadeiramente estamos trabalhando para Jesus e executando a sua obra, “seu jugo é suave e seu fardo é leve” (Mt 11.28-30). Se não estamos experimentando isso, podemos ter certeza de que não estamos carregando o seu fardo ou fazendo a sua obra!

fonte:https://www.revistaimpacto.com.br/como-simplificar-a-vida-ficando-fascinado-com-jesus/

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