Arqueologia Bíblica - As descobertas
Arqueologia (do grego, « archaios », antigo, e « logos », discurso depois estudo, ciência) é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais. É uma ciência social, isto é, que estuda as sociedades, podendo ser tanto as que ainda existem, quanto as já extintas, através de seus restos materiais, sejam estes móveis (como por exemplo um objeto de arte) ou objetos imóveis (como é o caso das estruturas arquitetônicas). Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo homem no meio ambiente.
Arqueologia Bíblica é uma ciência social que faz parte da arqueologia especializada em estudos dos restos materiais relacionados direta ou indiretamente com os relatos bíblicos e com a história das religiões judaico-cristãs. A região mais estudada pela arqueologia bíblica, na perspectiva ocidental, é a denominada Terra Santa, localizada no Médio Oriente.
No último século arqueólogos redescobriram evidências sobre a escravidão dos hebreus, as pragas e a fuga do Egito. A pintura abaixo é uma entre outras encontradas nas paredes da tumba de um comandante chamado Khnumhotep II (século XIX A.C.) onde estão registradas a entrada de um grupo de cerca de 37 palestinos (de barbas) trazendo suas mulheres, crianças, arcos, flechas, lanças, harpas, jumentos e cabras caracterizando que não se tratava de uma invasão, por causa da submissão aos egípcios (mulatos).
A figura abaixo da publicação The Ancient Near East in Pictures (Pritchard) mostra inscrições no Egito sobre o trabalho escravo (século XV a.C.) na fabricação de tijolos e na construção (Êxodo 1.11-14). Alguns textos egípcios mencionam cotas de tijolo e uma falta de palha, como em Êxodo 5.6-19.
Há sinais das pragas nas ruínas da antiga cidade de Avaris e no chamado "papiro de Ipuwer" encontrado no Egito no início do último século, levado para o Museu de Leiden na Holanda sendo decifrado por A.H. Gardiner em 1909. O papiro completo está no Livro das Advertências de um egípcio chamado Ipuwer. Este descreve motins violentos no Egito, fome, seca, fuga de escravos com as riquezas dos egípcios e morte ao longo da sua terra. Pela descrição ele foi testemunha das pragas como as do Êxodo. Os textos abaixo foram retirados do papiro de Ipuwer e do Livro do Êxodo, cuja autoria é atribuída a Moisés. Leia-os e compare alguns trechos:
Papiro de Ipuwer
Também conhecido como Conselhos de um sábio Egípcio, o Papiro de Ipuwer
descoberto em Menfis (Sakkara) no Egito.
Descrição: Papiro de Leiden I 344 recto
Tipo de Escrita: Cursiva em sinais hieráticos (ou relacionados com os hieróglifos)
Escritor: Ipuwer, um “oficial do tesouro”
Localização: É atualmente mantido na Rijksmuseum van Oudheden de Leyden, na Holanda.
A tabela abaixo compara os relatos de Ipuwer e os de Moisés:
Papiro de Ipuwer
Êxodo de Moisés
2.5-6 A praga está por toda região. Sangue em toda parte.
2.3 Certamente, o Nilo inunda mas não querem arar para ele.
2.7 Certamente, foram enterrados muitos mortos no rio; a corrente está como uma tumba.
2.10 Certamente, o rio está ensangüentado, e quando se vai beber dele, passam longe as pessoas e desejando água.
3.10-13 Essa é a nossa água! Essa é a nossa felicidade! O que faremos a respeito? Tudo são ruínas. 7.20 …e todas as águas do rio se tornaram em sangue.
7.21 ...os peixes que estavam no rio morreram, e o rio cheirou mal, e os egípcios não podiam beber da água do rio; e houve sangue por toda a terra do Egito.
7.24 ...os egípcios cavaram poços junto ao rio, para beberem água; porquanto não podiam beber da água do rio.
5.6 Certamente, as palavras mágicas foram descobertas (nas câmaras sagradas), os encantos e os encantamentos eram ineficazes porque são repetidos pelas pessoas. 8.18-19 Também os magos fizeram assim com os seusencantamentos para produzirem piolhos, mas não puderam...
2.10 Certamente, portões, colunas e paredes são consumidos pelo fogo.
10.3-6 A casa real inteira está sem os seus servos. Ela tinha a cevada e o trigo, os pássaros e os peixes; tiveram roupas brancas e linho bom, cobre e azeites;
1.4 ...os habitantes dos pântanos possuem proteções;
6.1-3 A pessoa se alimenta da erva arrastada pela água... Para as aves não se encontra grão nem erva... a cevadapereceu em todas as estradas.
5.13 Certamente o que podia ser visto ontem, desapareceu. A terra está abandonada por causa da esterilidade e igualmente o corte de linho. 9.23-24 ...e fogo desceu à terra ... havia saraiva e fogomisturado...
9.25-26 ...a saraiva feriu, em toda a terra do Egito, tudo quanto havia no campo, tanto homens como animais; feriu também toda erva do campo, e quebrou todas as árvores do campo. Somente na terra de Gosen [pântanos do Delta do Nilo] onde se achavam os filhos de Israel, não houve saraiva.
9.31-32 ...o linho e a cevada foram danificados, porque acevada já estava na espiga, e o linho em flor; mas não foram danificados o trigo e o centeio, porque não estavam crescidos.
10.15 ...nada verde ficou, nem de árvore nem de erva do campo, por toda a terra do Egito.
5.5 Certamente, todos os rebanhos de cabras têm os corações chorando; os gadosreclamam por causa do estado da terra....
9.2-3 ... e da mesma maneira os rebanhos vagaram sem pastores ... os rebanhos vão desnorteados e nenhum homem pôde reuni-los. Cada um tenta trazer os que foram marcados com o seu nome. 9.3 ...eis que a mão do Senhor será sobre teu gado, que está no campo. sobre os cavalos, sobre os jumentos, sobre os camelos, sobre os bois e sobre as ovelhas; haverá uma pestilência muito grave.
9.19 ...manda recolher o teu gado e tudo o que tens no campo; porque sobre todo homem e animal que se acharem no campo, e não se recolherem à casa, cairá a saraiva, e morrerão.
9.21 ...mas aquele que não se importava com a palavra do Senhor, deixou os seus servos e o seu gado no campo.
9.11 ... não amanheceu... 10.22 ... e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias.
4.3 (5.6) Certamente, os filhos dos grandessão lançados contra a parede.
6.12 Certamente, as crianças dos grandes foram abandonadas nas ruas;
2.13 Certamente, as pessoas reduziram e quem põe seu irmão na terra encontra-se em todo lugar.
3.14 É um gemido que há pela terra, misturado com lamentações. 12.29 ...feriu todos os primogênitosna terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava em seu trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.
12.30 ...e fez-se grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto.
7.1 Veja, certamente o fogo ascendeu às alturas e o seu queimar sai contra os inimigos da terra. 13.21 ... e de noite numa coluna de fogo para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite.
3.2 Certamente, ouro, lápis azul, prata, turqueza, cornalina e bronze... é colocado no pescoço das escravas... 12.35-36 ...e pediram aos egípcios jóias de prata, e jóias de ouro, e vestidos.....de modo que estes lhe davam o que pedia; e despojaram aos egípcios.
7.2 Veja, quem havia sido enterrado como um falcão está em um caixão de madeira; aquilo oculto na pirâmide estava vazio. Assim morreu José, tendo cento e dez anos de idade; e o embalsamaram e o puseram num caixão no Egito. (Gênesis 50.26)
13.19 Moisés levou consigo os ossos de José...
WADI MUKATTAB
Existe também uma descoberta realmente considerável da passagem do povo Hebreu pelo Egito que é conhecida como "o vale das inscrições" (Wadi Mukattab) localizado na Península do Sinai. contendo inscrições feitas por hebreus que descrevem com detalhes a fuga pelo Mar Vermelho. As inscrições foram feitas em Hebraico antigo e apesar de não se saber quem as tenha feito pode se afirmar com certeza se tratar de um acontecimento ocorrido no tempo do êxodo devido a forma de escrita que foi usada e também a detalhes descritos. Existem hieróglifos egípcios mencionando as minas de turquesa da região de Serabit El Khadim e inscrições de mineiros Canaãnitas e Nabateanos, em grego, latim e árabe ao longo do vale.
O explorador Charles Forster publicou estes achados em seu livro "Sinai Photographed" em 1862. Ele concluiu que estas inscrições eram uma combinação de alfabetos hebreus e egípcios que descrevem o Êxodo. A foto abaixo foi tirada em 1857 por Francis Frith.
A passagem do povo Hebreu pelo Egito também é fundamentada pelas descobertas feitas na parte ocidental do Nilo onde a Universidade do Instituto Oriental de Chicago estava fazendo escavações em Medinet Habu, área do sul da necrópole de Tebas. Arqueólogos descobriram evidências de algumas cabanas semelhantes às casas de 4 quartos predominantes na Palestina durante toda a Idade do Ferro (1200-586 A.C.).
Alguns famosos e conceituados historiadores da antiguidade também relataram a passagem dos hebreus pelo Egito:
Flavio Josefo, historiador judeu do 1° século D.C., em sua obra Josefo Contra Apion - I, 26, 27, 32 menciona dois sacerdotes egípcios: Maneto e Queremon que em suas histórias sobre o Egito nomearam José e Moisés como líderes dos hebreus. Também confirmaram que migraram para a "Síria sulista", nome egípcio da Palestina.
Diodoro Siculo, historiador grego da Sicília (aproximadamente 80 a 15A.C.) escreveu que "antigamente ocorreu uma grande pestilência no Egito, e muitos designaram a causa disto a Deus que estava ofendido com eles porque havia muitos estranhos na terra, por quem foram empregados rito estrangeiros e cerimônias de adoração ao seu Deus. Os egípcios concluíram então, que a menos que todos os estranhos se retirassem do país, nunca se livrariam das misérias".
Herodoto, historiador grego entitulado o Pai da História, escreveu o livro "Polymnia". Na seção c.89 escreve: "Essas pessoas (hebreus), por conta própria, habitaram as costas do Mar Vermelho, mas migraram para as partes marítimas da Síria, tudo que é distrito, até onde o Egito, é denominado Palestina". São localizadas as costas do Mar Vermelho, em parte, hoje o Egito, enquanto são localizadas as partes marítimas de Síria antiga, em parte, o atual Estado de Israel.
As descobertas de Ronald Wyatt
A travessia do Mar vermelho
O local onde se obteve mais indícios da travessia foi a praia de Nuweiba no Golfo de Ácaba, no Egito. É a única praia no Mar Vermelho com área suficientemente grande para suportar a quantidade de hebreus acampados (mais de 2 milhões além dos animais e objetos).
continue lendo sobre o assunto: A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO
Sugestão: Arqueologia
Fonte: site o pesquisador ; site ebah.com.br; arqueologia Bíblica; revista crente pentecostal; midia gospel.com
Dicionário Bíblico Universal; Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia Russell Normam Champlin;
Aqui eu Aprendi!
fonte:http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2014/10/arqueologia-biblica-as-descobertas.html
autor:Pastor ismael
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