O Purgatório - este conceito é bíblico?








A sua existência foi teorizada no pontificado do Papa Gregório I, em 593, com base no livro de 2º Macabeus 12.42-46 (livro Apócrifo e que consta na versão católica da Bíblia). Em 1439, no Concílio de Florença, a doutrina foi aprovada e confirmada depois, em 1563 no Concílio de Trento.


A Palavra de Deus em sua totalidade nos apresenta apenas dois destinos eternos, são eles: Céu e Inferno. E encontram-se na dimensão espiritual. O Céu é destinados àqueles que perseveraram nas doutrinas determinadas por Deus e o Inferno aos desobedientes às verdades bíblicas.


Mas é o Purgatório?
- isso foi uma adaptação humana, vinda do homem carnal!
Cuidado com as teorias teológicas criadas com fins duvidosos.


De acordo com a Enciclopédia Católica, o purgatório é “um lugar ou condição de punição temporal para aqueles que, deixando esta vida na graça de Deus, não estão inteiramente livres de erros veniais, ou não pagaram completamente a satisfação devida pelas suas transgressões”. Para resumir, na teologia católica, o purgatório é um lugar para onde uma alma cristã vai depois da morte, a fim de ser purificada dos pecados que não foram completamente pagos durante a vida. Esta doutrina do purgatório está de acordo com a Bíblia? Absolutamente não!

Jesus morreu para pagar por todos os nossos pecados (Romanos 5:8). Isaías 53:5 declara: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Jesus sofreu pelos nossos pecados para que nós fossemos livrados do sofrimento. Dizer que nós também devemos sofrer pelos nossos pecados é dizer que o sofrimento de Jesus foi insuficiente. Dizer que nós devemos pagar pelos nossos pecados nos purificando no purgatório é negar a suficiência do pagamento feito pelo sacrifício de Jesus (I João 2:2). A ideia de que nós temos que sofrer pelos nossos pecados após a morte é contrário a tudo o que a Bíblia diz sobre a salvação.

A principal passagem das Escrituras que os católicos apontam como evidência do purgatório é I Coríntios 3:15, que diz: “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”. A passagem (I Coríntios 3:15) usa uma ilustração das coisas passando pelo fogo como uma descrição das obras dos crentes sendo julgadas. Se as nossas obras forem de boa qualidade, “ouro, prata, pedras preciosas”, elas irão passar ilesas através do fogo, e nós seremos recompensados por elas. Se as nossas obras forem de má qualidade, “madeira, feno, palha”, elas serão consumidas pelo fogo, e não haverá recompensa. A passagem não diz que os crentes passam pelo fogo, mas que as suas obras passam. I Coríntios 3:15 se refere ao crente sendo “salvo, todavia, como que através do fogo”, não “sendo purificado pelo fogo”.

O purgatório, como tantos outros dogmas católicos, é baseado na má compreensão da natureza do sacrifício de Cristo. Os católicos vêem a Missa/Eucaristia como uma reapresentação do sacrifício de Cristo porque eles falham em entender que o sacrifício de Jesus, de uma vez por todas, foi absolutamente e perfeitamente suficiente (Hebreus 7:27). Os católicos vêem obras merecedoras de mérito como uma contribuição para a salvação devido a uma falha em reconhecer que o pagamento feito pelo sacrifício de Jesus não necessita de “contribuições” adicionais (Efésios 2:8-9). Da mesma forma, o purgatório é entendido pelos católicos como um lugar de purificação em preparação para o Céu porque eles não reconhecem que, por causa do sacrifício de Jesus, nós já somos purificados, declarados justos, perdoados, redimidos, reconciliados e santificados.

A própria ideia do purgatório, e as doutrinas que freqüentemente estão associadas a ela (orações pelos mortos, indulgências, obras a favor dos mortos, etc.) falha em reconhecer que a morte de Jesus foi suficiente para pagar a pena de TODOS os nossos pecados. Jesus, que é Deus encarnado (João 1:1,14), pagou um preço infinito pelo nosso pecado. Jesus morreu pelos nossos pecados (I Coríntios 15:3). Jesus é o pagamento pelos nossos pecados (I João 2:2). Limitar o sacrifício de Jesus como um pagamento pelo pecado original, ou pelos pecados cometidos antes da salvação, é um ataque à Pessoa e à Obra de Jesus Cristo. Se nós devemos em qualquer sentido pagar ou sofrer por causa dos nossos pecados, isso indica que a morte de Jesus não foi perfeita, completa, e um sacrifício suficiente.

Para os crentes, o estado pós-morte é estar “ausente do corpo e habitando com o Senhor” (II Coríntios 5:6-8; Filipenses 1:23). Note que não diz “ausente do corpo, no purgatório com fogo purificador”. Não, por causa da perfeição, completude e suficiência do sacrifício de Jesus, nós estamos imediatamente na presença do Senhor após a morte, completamente purificados, livres do pecado, glorificados, perfeitos e finalmente santificados.


De onde vem, então, essa doutrina? Segundo o Catecismo Católico de John A. Hardon, S.J.[1], a declaração formal da doutrina de purgatório foi feita em 1274, mais de 12 séculos depois da morte de Jesus! Uma vez que a doutrina se tornou oficial, foi necessário procurar algum apoio teológico. Hardon cita três trechos bíblicos para defender a ideia de purgatório. Vamos examinar cada citação:

1.- 2 Macabeus 12:41-45. Esse trecho descreve os atos de Judas Macabeus depois de uma batalha contra Górgias. Judas e seus homens oraram pelo pecado dos mortos e mandaram que fosse oferecido um sacrifício por eles em Jerusalém. Há dois problemas com o uso desse trecho: (a) 2 Macabeus é um dos livros contidos na Bíblia Católica mas rejeitados na maioria de outras bíblias. (b) O pecado citado no trecho (veja 2 Macabeus 12:40) foi idolatria, considerado o motivo da morte deles. Para usar este trecho para apoiar a doutrina de purgatório seria necessário afirmar que esses homens que alegamente morreram por causa da idolatria não morreram na prática de pecado mortal, pois a Igreja Católica ensina que tais pessoas não teriam acesso ao purgatório.

2.- Mateus 12:32 diz que a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada, nem neste mundo, nem no mundo que há de vir. Hardon conclui, sem prova nenhuma, que esse versículo sugere que outros pecados serão perdoados após a morte.

3.- 1 Coríntios 3:13,15 fala de julgamento através de fogo. O fogo serve para provar o valor das obras de cada um. O trecho nada diz sobre um lugar de purificação após a morte.


A Bíblia claramente afirma que o julgamento vem depois da morte (Hebreus 9:27), no qual seremos julgados pelos atos feitos por meio do corpo (2 Coríntios 5:10). Jesus ensinou que é impossível ao ímpio escapar dos tormentos para entrar no conforto dos fiéis (Lucas 16:25-26).

Devemos nos preparar para o julgamento agora, pois a Bíblia não fala de segundas chances após a morte.

Saibamos que:
“O sangue de Jesus Cristo, nos purifica de todo o pecado.” 1 João 1:7
A purificação dada por Cristo é suficiente para restaurar por completo nossa vida!

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie." Efésios 2:8,9

"Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação"


[1] John A. S. A. Hardon, S.J., (18 de Junho de 1914 – 30 de Dezembro de 2000) foi um padre jesuíta, escritor e teólogo.


Fonte:
EstudosdaBíblia.net /
gotquestions.org/Portugues/purgatorio.html /
vivos.com.br / Bíblia Estudos Pentecostal / Bíblia Defesa da Fé

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